Nós que sabemos o quanto reclamam de nós e mesmo assim, estamos lá:
Nós que sentimos o peso dos livros, necessários e desnecessários, mas estamos lá;
Nós que chegamos à sala, e para muitos não chegamos, mas o sorriso Daquele vale chegar;
Nós que deixamos à família em prol da educação de outras famílias;
Nós que educamos e não regramos;
Nós que aprendemos na mesma medida que ensinamos;
Nós que criticamos e somos criticados;
Nós que reclamamos e somos reclamados;
Nós que vinte horas é uma piada;
Nós que temos como requisito básico suportar o estresse;
Nós que somos injuriados por fraquezas pessoais, as quais o preconceito social nos faz parecer fracos;
Nós que somos afastados, por aparentar “perigo” aos alunos, mas que estes mesmos alunos nos procuram perguntando “por que o sumiço?”
Nós que temos que deixar os sonhos arquivados para regimentar o cronograma e matar os ideais;
Nós que temos a Utopia como formadora, mas que vemos transformar-se Paideia, Paiet’s, Furg...verba!
Nós que temos ônibus, cansaço, pés, pernas, colunas, olhos, cabeça inchados e exaustos, mas o sorriso no rosto à vitória de um aluno;
Viva a nós, anônimos nós, necessários nós, eternos e orgulhosos de sermos apenas nós!
E claro, obrigada a todos vocês que me fizeram ser parte deste Nós hoje, com a convicção, realidade e orgulho de saber que nunca o quero deixar de ser.