Caríssimos,
É com muito orgulho e alguns bravejos de minha irmã que venho anunciar o nascimento de Manuela.
Bravejos porque Manu resolveu nascer às 05:32hs de uma segunda-feira pós desfile tradicionalista no Cassino, o qual a minha irmã que dormia ao meu lado foi, desfilou e voltou até a Vila da Quinta, onde moramos, a cavalo - naturalmente um pouco cansada...
Bom, tendo retornado, ela, ao sono podemos continuar.
Manu é a nossa personagem que fecundará todos os movimentos lusitanos que serão narrados aqui. A literatura a definiria como verossímil. Aos que não sabem o que é verossimilhança posso defini-la como uma "semelhança" com a verdade. Nem mentira, nem verdade, apenas semelhante.
Manuela, na vida real, é uma menina de treze anos que tem me deixado muito inquieta nos últimos meses. Seu olhar encorajador, destemido e forte é o responsável por eu a ter escolhido. Pois, preciso dessa coragem para seguir.
Anuncio aqui que minha passagem foi novamente transferida para o dia 09/10, e que com ou sem visto de estudante, estou indo. Irei como turista, se for necessário. E retirar, quando chegar o visto, em Vigo, na Espanha.
Semana passada fui à rodoviária despedir-me da Utopia, Gustavo. Um sonhador que me ajudou infinitamente a transformar-me no que sou hoje, seja lá o que eu for. Estávamos fora do ônibus vendo a Utopia ir embora, eu a Razão - Maisson - e a Emoção - Alexandre - em lágrimas. Sei que de dentro do ônibus, nossas lágrimas eram entrelaçadas às da Utopia. Assim como estamos todos nós, hoje, fecundados em um só. Com certeza há em mim, a Utopia, a Razão e a Emoção, e em cada um deles, há um pouco de mim, também. Fazendo, portanto, que nem a Emoção, nem a Razão e, principalmente a Utopia, tenham fim. Seremos sempre, independentes dos caminhos que escolhermos, "nóis4".
Após a partida do ônibus, a Utopia nos mandou uma mensagem com um trecho de Legião: "o que é para sempre, sempre acaba" seguindo com "isso me inquieta". Naturalmente a Utopia não será a mesma tendo enfraquecido o contato com a Razão e a Emoção, e no mesmo momento decidimos responder também com Legião: " O mundo começa agora, apenas começamos".
Narrei-lhes esse marco de minha trajetória, caríssimos, por que essa mensagem não sai de meu pensamento: Apenas começamos. Sim. Sempre. "Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo. Temos todo o tempo do mundo." Temos, acredito, o tempo suficiente para "apenas começar", basta querermos e nos guiarmos pelo caminho que escolhermos.
Neste momento preciso que os olhos de Manu me guiarem.
Pronto! Fim de parto! Cordão umbilical cortado. Ela não me pertence mais. Agora ela é de todos nós.
Apenas comece, Manu.
É com muito orgulho e alguns bravejos de minha irmã que venho anunciar o nascimento de Manuela.
Bravejos porque Manu resolveu nascer às 05:32hs de uma segunda-feira pós desfile tradicionalista no Cassino, o qual a minha irmã que dormia ao meu lado foi, desfilou e voltou até a Vila da Quinta, onde moramos, a cavalo - naturalmente um pouco cansada...
Bom, tendo retornado, ela, ao sono podemos continuar.
Manu é a nossa personagem que fecundará todos os movimentos lusitanos que serão narrados aqui. A literatura a definiria como verossímil. Aos que não sabem o que é verossimilhança posso defini-la como uma "semelhança" com a verdade. Nem mentira, nem verdade, apenas semelhante.
Manuela, na vida real, é uma menina de treze anos que tem me deixado muito inquieta nos últimos meses. Seu olhar encorajador, destemido e forte é o responsável por eu a ter escolhido. Pois, preciso dessa coragem para seguir.
Anuncio aqui que minha passagem foi novamente transferida para o dia 09/10, e que com ou sem visto de estudante, estou indo. Irei como turista, se for necessário. E retirar, quando chegar o visto, em Vigo, na Espanha.
Semana passada fui à rodoviária despedir-me da Utopia, Gustavo. Um sonhador que me ajudou infinitamente a transformar-me no que sou hoje, seja lá o que eu for. Estávamos fora do ônibus vendo a Utopia ir embora, eu a Razão - Maisson - e a Emoção - Alexandre - em lágrimas. Sei que de dentro do ônibus, nossas lágrimas eram entrelaçadas às da Utopia. Assim como estamos todos nós, hoje, fecundados em um só. Com certeza há em mim, a Utopia, a Razão e a Emoção, e em cada um deles, há um pouco de mim, também. Fazendo, portanto, que nem a Emoção, nem a Razão e, principalmente a Utopia, tenham fim. Seremos sempre, independentes dos caminhos que escolhermos, "nóis4".
Após a partida do ônibus, a Utopia nos mandou uma mensagem com um trecho de Legião: "o que é para sempre, sempre acaba" seguindo com "isso me inquieta". Naturalmente a Utopia não será a mesma tendo enfraquecido o contato com a Razão e a Emoção, e no mesmo momento decidimos responder também com Legião: " O mundo começa agora, apenas começamos".
Narrei-lhes esse marco de minha trajetória, caríssimos, por que essa mensagem não sai de meu pensamento: Apenas começamos. Sim. Sempre. "Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo. Temos todo o tempo do mundo." Temos, acredito, o tempo suficiente para "apenas começar", basta querermos e nos guiarmos pelo caminho que escolhermos.
Neste momento preciso que os olhos de Manu me guiarem.
Pronto! Fim de parto! Cordão umbilical cortado. Ela não me pertence mais. Agora ela é de todos nós.
Apenas comece, Manu.
2 comentários:
Muito criativo da sua parte Renata...
Renata... publique no blog que me mostrou, se for possível.
Eu nunca pensei me tornar personagem de alguma história. Nunca pensei existir essas 3 pessoas fabulosas com as quais tenho grande amor e amizade, cada um com ao seu sabor. Jamais imaginei tantas conquistas profissionais em meio a tantas dificuldades assim como nunca poderia imaginar que a humanidade poderia chegar as atuais terríveis inconsequências e atrocidades. Por um momento estes fatos fizeram-me acreditar que talvez a realidade pudesse ser melhor que os sonhos, a imaginação, ou seja, não consegui alcançar aquilo que a vida me oferece a cada dia. Não seria então a realidade melhor que os sonhos? Antes mesmo de terminar este pensamento foi inevitável a conclusão: se realmente os fatos (realidade) me surpreendem, seja positiva ou negativamente, é porque sonhei.
Beijos aos amigos que são melhores que meus sonhos e meu luto a humanidade que, graças a minha imaginação, são piores que meus sonhos.
Ass: UTOPIA
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